Pour Vous !

Às vezes quero tudo em um minuto;
E às vezes não quero sequer raciocinar.
Tem horas em que a ansiedade em mim grita;
E tem horas em que a tranquilidade me domina.
Há momentos onde a dúvida começa a pairar;
Ah! Mas nesses momentos eu começo a clamar.
Se o medo insiste em me rondar
De joelhos, sei que posso o espantar.

As lágrimas que caem nem sempre são tristeza,
Há o imensurável contentamento da Tua presença
Que sem palavras humanas para explicar
Busca a linguagem da alma para se expressar.

Sei que amanhã novas antíteses me aguardam:
Mais angústia misturada à alívio;
Um tanto de vaidade imersa num pouco de humildade;
Uma porção de inveja tentando aflorar.
Essa luta diária contra eu mesmo.

Pobre ser humano!
Desprezível e maldoso,
Ingrato e orgulhoso.
Incapaz de agradecer por estar vivo
Quiçá, por um dia ter nascido.

Esse lado humano, em mim faço morrer
E digo: não é fácil!
São batalhas internas, diárias
Contínuas, durante todo o tempo
Ou melhor, durante quase todo o tempo.
Pois sempre há aquele momento,
O qual me prostro ante a Ti,
E me sinto um novo ser:
Renovado, imaculado;
Livre de todo pecado.

Por hora, tais momentos se restringem
E por mais que eu tente, e queira
Não posso viver na plenitude que desejo.
Por hora...