Hoje assisti o filme
Tropa de Elite, que na minha opinião deveria virar vídeo educativo pra ser passado em todas as escolas...
Aí você vai me falar..."que isso menina, esse filme é violento, onde já se viu passar isso na escola", mas como diz minha avó
"é de pequeno que se torce o pepino." (Aqui caberia aquele famoso
hahahaha, mas o assunto merece seriedade).
O que mais me chamou atenção no filme não foi a violência das favelas do Rio, nem como o Bope (a Tropa de Elite da PM) funciona...e nem o mega treinamento ( ou seria tortura??) pelo qual os policiais que querem fazer parte do Bope passam...O que mais me impressionou foi os estudantes esquerdistas metidos a salvadores do país mas que na verdade são clientes que alimentam o narcotráfico e mantêm o país na merda.
Realmente no discurso tudo é bonito: passeatas pela paz, movimentos que pedem do governo uma solução para a violência, criação de ongs que ajudam pessoas carentes dentro da favela,etc. Mas o que realmente deve ser feito quase ninguém se lembra.( Não que esse tipo de ajuda não seja bem-vinda, mas para solucionar um problema é preciso consertar sua causa, e não trabalhar em suas consequências).
É básico: Traficantes só conseguem vender drogas porque existe quem compra. E é mais fácil ainda entender que pobre não tem dinheiro pra gastar com drogas. Com essas duas informações a gente chega no ponto que eu quero falar: O problema não está nos traficantes que acabam se tornando bandidos para tentarem conseguir um pouco daquilo que a sociedade toda esbanja; nem nos policias corruptos que se cansam de colocar suas vidas em risco todos os dias em troca de R$500,00 por mês. O problema está naqueles que financiam o tráfico. Playboys de classe média-baixa, média, média-alta e dá classe A mesmo. Aqueles que muitas vezes são vítimas de sequestros-relâmpago, que são roubados dentro de seus carrões quando param num sinal vermelho, que pagam pequenas fortunas por um pouco de
"pó" e algumas
"balinhas" para curtir uma
rave com os amigos. São vitimas de seu próprio erro. E o pior é que parte da população que não se encaixa como tráficantes, nem como policiais e nem como usuários de drogas, os chamados "cidadãos de bem" , entram como vitimas inoscentes nessa história ( que pode ser classificada como drama).
Claro que nossa vida é feita sempre por escolhas. Um cara que nasce na favela pode escolher entre virar traficante e ter uma vida melhor (dentro daquele lugar) . O policial pode escolher ser honesto e morrer a qualquer hora por um tiro, não deixando nada pra sua família ou se corromper pelo dinheiro fácil que ele ganha se fazer vista grossa pra certas coisinhas. Mas convenhamos que as escolhas nesses casos são meio óbvias não é?
A conscientização das pessoas deve começar de pequeno. Não mostrando que se você usa drogas você queima neurônios e quem sabe um dia quando você estiver com 90 anos vai sofrer de Mal de Alzheimer.
Nem que se você usa drogas vai acabar um viciado desamparado pela familia e sozinho no mundo.
A gente tem que mostrar pras nossas crianças que se quando elas forem adolescentes idiotas que querem
"dar uma viajada" e resolverem fumar
"um baseadinho" que elas julgam não fazer mal à ninguém, essa erva que eles vão fumar estará financiando a vida de um traficante lá do morro, que um dia pode estar fugindo da policia e naquela troca de tiros, uma bala perdida poderá acertar seu pai, sua mãe ou até eles mesmos. Temos que mostrar pros nossos futuros cidadãos que eles podem sim mudar o rumo desse país, basta a vontade de sair na rua numa boa, sem ter medo de parar numa esquina, de ter sua bolsa roubada ou de se ver com uma arma apontada na cabeça seja mais forte do que a vontade
" de sentir um barato".
A Pátria não é ninguém, são todos. Não é uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo. É o céu, o solo, o povo, as tradições. A consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da Lei e da Liberdade.
(Rui Barbosa)
