segunda-feira, 21 de abril de 2008

Vida Efemera


Nas horas em que o pensamento toma vida própria
Quando por mais que eu tento parar
As idéias não param de brotar
A solução encontrada é sucumbir a este desejo, sentimento ou o nome que se queira dar.

Essa agônia que se encontra em meu peito
Talvez seja a inspiração dessa poesia
Por ora, não me importa saber a origem do meu poema
E sim continuar a filosofar sobre tal dilema.

A efemeridade das coisas me assusta

O autocontrole do tempo me apavora

E a fragilidade da vida me incomoda
Assim como o pedido pela liberdade, que virou moda.
Liberdade que é sempre confundida com libertinagem
O que faz esse pedido não passar de mais uma vã luta em nome da igualdade.
Igualdade esta que é defendida por muitos, contanto que peguem os bens dos outros na hora da divisão
Já que você sempre ganha apenas o suficente para sua manutenção.

Dentre poucas certezas, muitas hesitações e vários enigmas
A dúvida que mais me intriga
É este sentimento que a meu ver é insano

Deliberadamente louco

Que os trovadores vêm como inatingível
E os românticos assumem como estado de espirito.


A idéia de se conhecer uma pessoa

A qual você não sabe a procedência

E com ela sonhar construir uma vida

Realmente me foge da descência.

Casar, ter três filhos, uma casa e um cachorro
Sempre me soou como estratégia de fuga para aqueles que não conseguem se auto-firmar na vida
Aqueles que por influência de uma sociedade estamentada em tal modelo

Se vêem na obrigação de se render a tal feito

Coisa que nunca fez parte dos meus planos

A não ser que a vida, sempre imprevisível, me levasse a tal destino.

Hoje porém, ao olhar nossa foto juntos

Fico a imaginar o rosto de nossos três filhos
Gasto alguns de meus neurônios pensando

Se seria melhor comprar um labrador para brincar com as crianças ou um Rottweiler para proteger a casa

Casa cujas paredes serão brancas, na intenção de desmonstra como vivemos em paz.


Se me perguntarem se acredito no amor

Responderei que não
E se então me indagarem sobre o que me fez mudar tão bruscamente minhas convicções

Vou alegar que não foi o amor, tema de novelas, histórias e memórias

Mas um sentimento tão diferente, quanto intenso

Tão estranho, quanto sincero

Inexplicavél, inexorável, inevitável, inelidível, entre outros adjetivos do genêro

Não sei se é o momento, o lugar ou tal sentimento
Mas a vida me parece muito mais interessante
Quando imagino duas histórias diferentes tomando um só caminho
E me admiro em ver como para isso acontecer
Pensamentos foram amadurecidos, planos foram mudados
E aquilo que antes era convicção, hoje não passa de um relato sem firmação.

6 comentários:

Lê Furlanetti disse...

Praticamente Soraia CAMÕES! rs

.. adorei Sô!LINDO! ^^
Td que vc disse, é a mais pura verdade..
Claro, que dependendo do ponto referencial, mas no nosso caso (que os pontos são praticamente idênticos), AMEI! =P

Aliás.. TE AMO! ;)
Beeeijo NEGA! hauahuahauah..

inté.!

Ludmyla disse...

Friends que lindoo o seu texto.. viu como vc tbm escreve mto bem!
Gostei Muito!

Bjks,
Fica com Deus!

Anônimo disse...

Lindo o texto, adorei :)
É, anorexia é foda :/ e é maravilhoso se ver livre disso e realmente SE AMAR, sabe? É outra vida!
E, sim, Augustu Cury é luz :)
Beijos!

Mari disse...

oi meu nome é maria, tenho 17anos e estava passando e encontrei seu blog, achei muito legal seus posts, e ainda mais legal saber que vc é cristã, eu tambem sou e é legal encontrar pessoas comprometidas com Deus, principalmente jovens.

Que Deus te abençoe

Bárbara disse...

O mais legal de tudo é encontrar várias pequenas poesias dentro desta...
Um beijo!

Anônimo disse...

É legal ver que ainda há corações apaixonados, blasonando a união e construindo um mundo bonito, que vai na contra-mão do niilismo e da superficiliadade.

A mim, soa como uma carta nostálgica, já que não concebo família nuclear, tampouco amores burocratas e assentados na brancura das paredes conjugais.

Ou não...

Abraço, Klaus Merschbacher