terça-feira, 19 de agosto de 2008

Facilitar nem sempre é a solução.


A questão da legalização do uso da maconha tem causado inúmeros debates não só entre as autoridades que se vêem ante tal impasse, mas também entre famílias, grupos de amigos, rodas de conversa, etc. A questão se torna ainda mais complexa quando cada grupo resolve defender sua tese baseada em fatos cotidianos: o número crescente de jovens viciados, o tráfico de drogas, a lei aplicada para poucos, a posição adotada por países desenvolvidos...
A maioria dos defensores da legalização do uso da maconha, alegam que a droga é "leve", ou seja, que não causa dependência nem danos ao usuário. Tal argumento, apesar de ainda muito utilizado pricipalmente por alguns jovens, é claramente desmentido por médicos e cientistas que comprovam com testes e pesquisas, que a droga afeta significativamente o cerébro, causando a perca de neurônios, o que a longo prazo pode afetar o desempenho mental do usuário, uma vez que os neurônios não se regeneram. Além disso, a maioria dos dependentes de outras drogas como cocaína, heroína e crack relatam ter ingressado no mundo das drogas através do uso da maconha.
Outra questão muito abordada pelos "pró-maconha",se refere às leis de autuação à usuários da droga. A famosa frase "só pobre é que vai preso" já virou clichê, porém, não é só no campo dos usuários de maconha que vemos isto: o ladrão de milho vai para cadeia, o de milhões para Miami. Assim como as injustiças não se restringem aos usuários de drogas, as mudanças também não devem visar somente esta classe. Definitivamente, uma renovação na constituição legal do Brasil é necessária, visando uma melhor aplicação da lei, para todos.
O fim do tráfico de drogas (ou pelo menos sua diminuição), visto por muitos como uma consequência da legalização do uso da maconha, não passa de mais um argumento utópico. Sabemos que a maconha faz parte do tráfico, assim como outras drogas, armas, produtos piratas entre outras coisas. A solução então, seria legalizar tudo?
É claro que não se deve esquecer de mencionar a Holanda, país onde o uso da maconha é legal e mesmo país onde há uma praça liberada para a prática de sexo ao ar livre, em público. Podemos considerar que o país tem suas próprias leis pois possui sua própria cultura também. E é sábido que o que cabe a um povo, não cabe, obrigatóriamente, a outros povos. No Japão, por exemplo, o governo possui um sistema de controloe de natalidade, que tal adotarmos essa lei também? E a pena de morte aplicada em países como Estados Unidos e China, porque não adotar? Aliás, será que os chineses já pensaram em liberar a Praças da Paz Celestial para a prática de sexo? No mínimo seria curioso.
A realidade, é que a liberação do uso da maconha no Brasil não acarretaria o fim, nem sequer a diminuição de problemas. Uma maior fiscalização por parte da polícia, um sistema de leis realmente vigente e óbvio, uma maior coscientização social, fariam nossos números alarmantes diminuirem. Um bom exemplo de que a lei mais rígida traz resultados é a recente adoção da Lei Seca, que desde quando foi adotada, diminuiu cerca de 21%, só no estado de São Paulo.



ps: Proposta de redação para vestibular. Tema :"O uso da maconha deve ser legalizado?"

>> Tenho que treinar né gente! <

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

E quem é vivo....

...sempre aparece né?!
Quanto tempo sem postar nada por aqui, mas é por falta de tempo mesmo viu gente, tenho entrado pouquissímo na internet, sabe como é né: Segundo semestre, vestibulares, estudos, estudos, estudos...

Bom hoje venho através deste demonstrar minha indignação sobre um fato que muitos de vocês nem sabem o que é: O famoso carvãozinho.
Não sabe o que é? E pó-de-cana sabe? Não! Hum... Queimada você já ouviu falar né?? Não, não é a brincadeira de criança, é aquela coisa preta que cai do céu toda vez que nossos queridos Barões da Cana resolvem botar fogo em seus canaviais.
Pois é, se você mora numa metrópole como São Paulo, ou no litoral, ou no Sul do país, ou no Norte, ou no Nordeste com certeza você nem tem noção do que é isso, mas se você, meu amigo, é do interior aqui de Sampa, você sabe muito bem do que estou falando.
Em suma, o fogo é usado para facilitar a colheita. Cortar a lavoura seca - sem mato nem bicho - é bem mais fácil e barato do que manejar cana verde, crua. E ainda gera empregos para os diversos cortadores de cana.
Porém, a fuligem decorrente da queima do canavial, avança cidade à dentro, causando dezenas de problemas de saúde (principalmente no sistema respiratório), poluição do ar e uma tremenda sujeira. Sem falar do perigo para os próprios cortadores de cana, que muitas vezes acabam por sofrer acidentes com o fogo.
Já existe uma lei garantindo que a queimada de cana estará extinta até 2011. Considerando que já estamos em 2008 e nada mudou, acho que esta será mais uma lei pra enfeitar algum livro do Senado, só.
O fato é que ontem a noite, quando fui sair de casa, me deparei com um chão preto (sem exagero). Havia uns 2 centímetros de poeira preta no chão, por toda a cidade. Se estivéssemos na Europa, esses 2 centímetros seríam de neve branquinha. Mas aqui é o Brasil né? E por falar em "branquinha", suscito aqui uma questão: Já pensou se eles resolvem queimar o canavial de manhã, enquanto milhares de roupas brancas estam no varal das donas-de-casa?
É, já pensei, e foi exatamente isso o que aconteceu hoje de manhã.

Então fica aí meu parecer: Por favor, mecanizem logo o corte de cana. Nossos pulmões, nossas roupas e a atmosfera agradecem!